07 fevereiro, 2007

O dia em que sairei do sistema


Hummm, quanto tempo heim?!
Confesso que desde dezembro fui atingida por uma falta de inspiração e vontade de escrever aqui. Depois de merecidas férias voltei devagar e ainda estou tentando me adaptar a esse ritmo de vida que de saudável não tem nada.
Vejam só: durante um mês minha rotina era acordar tranqüila, sem neura com o relógio, caminhar na praia, tomar banho de mar, de cachoeira, viajar, beber chimarrão de manhã, de tarde, ou a qualquer outra hora que eu queria, visitar amigos, bater papo e muitas outras coisinhas que traziam alegria pra mim. Na verdade, mais importante e relaxante do que qualquer atividade estava a liberdade do relógio e do sistema. A vida vivida em função dos movimentos internos, da intuição, do querer de fazer ou não.
Agora, de volta ao trabalho, estou me sentindo presa, sufocada, destinada a ficar em função de normas administrativas e horários rígidos. Permanecer oito horas diárias sentada na frente de um computador está me fazendo examinar o que realmente quero construir na minha vida. Não é a atividade que realizo, mas a submissão que temos com esse sistema falido que está gerando, cada vez mais, pessoas estressadas, doentes e violentas.
Vem chegar o dia que estarei fora disso. Que trabalharei menos pois viverei com menos também. Que estarei longe da sociedade do consumismo acelerado, das ruas fervilhantes de asfalto, dos ruídos urbanos que perturbam meus ouvidos, das inúmeras luzes da cidade que não deixam as estrelas serem vistas, das grades do portão e das janelas...
Estarei na Serra do Corvo Branco, em Urubici.
Lugar de energia maravilhosa, de silêncio sagrado, de natureza esplendorosa, de água cristalina, de céu estreladíssimo, de ar puro. Lugar de sáude mental, emocional e física.
Enquanto esse dia não chega, trabalharei (e esperarei) da melhor maneira para ele chegar logo, logo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Então tá né!

Que bom que vc voltou! Pena que para a rotina, mas espero que os amigos ajudem a acabar com essa coisa.

Ok?

Abraços...