29 julho, 2011

Lembranças em dia de chuva


O dia cinza e o som da chuvinha no gramado me trouxeram as mais doces lembranças da época que passava as férias de julho na casa da minha saudosa avó, d. Maria.
Esses dias, assim como todas as outras visitas, eram regados com quitutes especiais, feitos com amor e alegria...  
Para adoçar a saudade que senti hoje, compartilho uma receita deliciosa de Bolo de Milho, perfeito para deixar aquele clima na casa... cheirinho de boas lembranças, gostinho de saudade, olhar parado no tempo e um sorriso interno esboçado nos lábios...
Essas coisas boas da nossa história que aquecem o coração!

Ingredientes:
-1 lata de milho verde escorrido
-3 ovos
Use a lata do milho como medida e coloque:
-1 lata de leite
-1 lata de açúcar
-1 lata de polentina + 2 colheres
-menos de meia lata de óleo
-2 colheres de fermento

Bata tudo no liquidificador. Utilize uma forma com buraco no meio e deixe assar por aproximadamente 40 minutos..
Dica: unte a forma com óleo e polentina. Os floquinhos de milho tostados dão um um toque especial.

08 julho, 2011

Para João


Uma homenagem para João, com quem estou aprendendo o verdadeiro significado do Amor. Feliz Aniversário!


"Então, Almitra disse: “Fala-nos do amor.”
E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão,
e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança."

Kahlil Gibran 

06 julho, 2011

De passagem


Mensagem que recebi por e-mail hoje:
"Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.
A vida na Terra é somente uma passagem.
No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente...

Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual...
Somos seres espirituais passando por uma experiência humana."