30 março, 2010

O Vazio


"Em geral, a ideia que se tem do 'vazio' é falsa.
Quando não se compreende algo, se diz que está 'vazio' de sentido, porém esse não é o verdadeiro 'vazio'. É um engano...
Quando teu espírito se encontrar livre da menor nuvem, quando as nuvens da confusão se houverem diluído, aí estará o verdadeiro 'vazio'."
Miyamoto Mussashi

Cartões de www.ogrupo.org.br

Contato com o Criador



"Como o grande espírito está em toda parte, ouvindo tudo o que está na mente e no coração de todos, não é necessário falar com Ele em voz alta."
Black Elk, dos Teton Sioux

Cartões de www.ogrupo.org.br

29 março, 2010

Maternidade Ecológica


Não tem volta: estamos entrando na segunda década do século 21, o planeta está superpovoado, sujo, desmatado e cada dia mais quente. Passou da hora de entender que a festa acabou e sobrou a tarefa de limpar a casa. Isso significa parar de desperdiçar, parar de consumir sem consciência e começar a avaliar, sem preconceito, alternativas mais sustentáveis para o dia a dia. A maternidade – e a paternidade – vão ter que se adaptar aos novos tempos, por isso veja produtos e tendências para quem tem crianças e quer deixar um planeta ainda vivo:

Fraldas ecológicas: ninguém quer voltar para o tanque, mas só de fraldas descartáveis cada bebê produz uma montanha de lixo. Já começaram a chegar aqui algumas alternativas, como modelos de pano mais absorventes e com partes removíveis para facilitar a lavagem. Mas a gente torce para que inventem um material superbiodegradável, que possa ser descartado sem levar séculos pra se decompor. Uma boa opção é a Fralda Bonita.

Roupinhas de tecidos orgânicos: geralmente feitos a partir de algodão cultivado sem agrotóxicos ou fibras de bambu, e sem tingimentos químicos.

Brinquedos de materiais orgânicos: em vez de tanto plástico colorido, madeira certificada e tecido.

Bicicletas: ensine o quanto antes o seu filho a andar. Quem sabe a próxima geração vai ver menos carros na rua?

Enxovais reduzidos: se a gente pensar, dá sim para criar uma criança com muito menos coisas do que se compra atualmente. Questão de consciência.

Amamentação prolongada: tem coisa mais ecológica do que alimentar uma criança com o leite do seu peito? Não consome energia pra ser esquentado, não custa dinheiro, não vem em embalagem que vai pro lixo e ainda faz bem pra saúde. Isso, sim, dá pra usar sem moderação.

Fonte: Revista TPM

26 março, 2010

Simplicidade


Pela dica do meu amigo Fábio Colonetti, li a coluna ‘Pensando Bem’ de Eugênio Mussak na revista Vida Simples do mês de março.
O tema era simplicidade e fiquei encantada com a maneira como ele coloca o que é ser simples.
Diferente de simplório, ser e viver de maneira simples pode acontecer independente de idade, classe econômica e grau de instrução. É evitar a complexidade e facilitar o acesso ao que interessa e ao que queremos transmitir.
Depois de alguns exemplos bem colocados, Mussak cita que as pessoas que fazem a opção da simplicidade têm alguns traços comuns. Veja só:

-São desapegadas: não acumulam coisas, fazem uso racional de suas possibilidades, doam o que não vão usar mais.
-São assertivas: vão direto ao ponto com naturalidade, mesmo que seja para dizer não, sem medo de decepcionar, não ‘enrolam’ nem sofisticam o vocabulário desnecessariamente.
-Enxergam beleza em tudo: em uma flor no campo e em um quadro de Renoir; em uma modinha de viola e em uma sinfonia de Mahler; em um pastel de feira e na alta gastronomia.
-Têm bom humor: são capazes de rir de si mesmas e, mesmo diante das dificuldades, fazem comentários engraçados, reduzindo os problemas à dimensão do trivial.
-São honestas: consideram a verdade acima de tudo, pois ela é sempre simples e, ainda que possa ser dura, é a maneira mais segura de se relacionar com o mundo.

E finaliza:
“Ser simples, definitivamente, não é abrir mão de nada. É possível apreciar o conforto, a sofisticação intelectual, as artes, o prazer da culinária, a aventura das viagens e continuar sendo simples. Pois ser simples não é contentarse apenas com o mínimo para manter- se fisicamente vivo, uma vez que não somos só corpo, também somos imaginação, intelecto, sensibilidade e alma. E esta última é, sim, simples, mas não é pequena, a não ser, é claro, que a pessoa queira. Nesse caso, não há mesmo então o que fazer."

Leia o texto completo aqui.

E você, é realmente uma pessoa simples?

Física Quântica no Twitter


Nosso ilustre Luis Fernando Veríssimo é uma das pessoas que vale a pena seguir no twitter. Hoje cedo ele escreveu:
"O professor disse para a menina que só havia um jeito de compreender o Universo. Ela devia pensar numa esfera dentro de uma esfera maior. E esta, dentro de uma esfera ainda maior, dentro de uma esfera maior ainda, até chegar a uma grande esfera que incluiria todas as outras e que, por sua vez, estaria dentro da esfera menor.
A menina então entendeu que era preciso botar o CEP. Num universo assim, era preciso fixar um detalhe para você nunca se perder. Era preciso escolher um detalhe da sua vida, em torno do qual o Universo se organizaria. Cada pessoa precisava escolher um momento, uma coisa, uma espinha no rosto, uma frase, um veraneio, um lugar em que pudesse ser encontrada. Pirou."

25 março, 2010

Grão-de-bico na Mesa!

O grão-de-bico é um alimento mais rico do que o feijão em muitos aspectos. Entre 20 e 30% de sua constituição é pura proteína. Possui muitas fibras, zinco, potássio, ferro, cálcio e magnésio. Melhora o padrão de desenvolvimento das crianças e se for consumido todos os dias, faz ganhar massa muscular, aumenta o bom humor, reduz o nível de colesterol ruim e regula o intestino.
Para as mulheres é uma maravilha: o grão-de-bico acumula mais fitoestrogênios do que o feijão - substâncias que têm ação preventiva na osteoporose e de problemas cardiovasculares. Os fitoestrogênios também são usados na reposição hormonal após a menopausa. 
E quem tem diabetes ou está lutando contra a obesidade também pode se beneficiar da leguminosa. Segundo nutricionistas, o grão-de-bixo tem carboidratos complexos, ou seja, possuem uma metabolização lenta no organismo. Por também ser rico em fibras, proporciona sensação de saciedade e a pessoa só vai sentir fome bem mais tarde.

Impressionado com os poderes dessa leguminosa?
Veja aqui uma matéria da Revista Saúde! com mais informações:
Grão-de-bico te deixa mais feliz

E para meus amigos gaúchos, uma receita deliciosa com grão-de-bico: 
Puchero Light.

Adesivos

Quer dar um toque especial na sua casa?
Use e abuse dos adesivos de parede. Lindos, originais e fáceis de aplicar. Veja no site Skin Tape os diversos modelos e o manual de aplicação. 


E para personalizar o notebook? Também tem!
São mais de 40 opções pra você escolher. E se nenhuma agradar, não tem problema: eles podem criar um adesivo com uma imagem escolhida por você ou até com sua foto.
E o legal é que os adesivos são feitos com uma espécie de plástico siliconado, que não deixa cola quando retirado do aparelho.


Vai lá:
Adesivos de Parede
Adesivos de Notebook
Skin Tape: Rua José Lourecço Kelmer, 1187, Juiz de Fora, MG, (32) 9146-6354

24 março, 2010

Ilha das Flores

Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.



Ficha técnica
Produção Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart
Fotografia Roberto Henkin, Sérgio Amon
Roteiro Jorge Furtado
Edição Giba Assis Brasil
Direção de Arte Fiapo Barth
Trilha original Geraldo Flach
Narração Paulo José

Prêmios
-Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991
-Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991
-Urso de Prata no Festival de Berlim 1990
-Melhor Curta no Festival de Gramado 1989
-Melhor Edição no Festival de Gramado 1989
-Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989
-Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989

22 março, 2010

Oxigenada poderosa


Até pouco tempo achava que água oxigenada servia apenas para evitar que um machucado infeccionasse ou para clarear o cabelo e os pelos. Mas pesquisando sobre o produto descobri que foi criado por cientistas, na década de 20, para conter problemas de infecções e gangrena em soldados em frente de batalha. A descoberta foi um sucesso, reduzindo números de baixas e amputações.

A água oxigenada é um dos mais potentes desinfetantes que existem. Isso é pouco divulgado e pode-se entender porquê. Um produto barato e simples de usar concorre com outros desenvolvidos por laboratórios farmacêuticos e indústrias de desinfetantes domésticos e hospitalares. Portanto, não há interesse comercial no seu uso em larga escala.

Veja só o que podemos fazer com a água oxigenada: 
Já experimentei (e aprovei) a maioria!
 
-Combater frieiras: passe entre os dedos e enxugue somente após três minutos. 
-Atacar o chulé: borrife em todo o pé e espere um minuto para secá-lo. 
-Prevenir micose: aplique um pouco em cada dedo após a retirada da cutícula. 
-Cicatrizar a acne: depois de fazer a limpeza de pele com a esteticista, pingue uma gota duas vezes ao dia sobre a espinha drenada. 
-Higiene bucal: uma colher de sobremesa do produto usada para bochechos e mantido na boca por alguns minutos mata todos os germes bucais, branqueando os dentes! Cuspir após o bochecho. 
-Limpar escovas de dente: manter escovas de dente numa solução de água oxigenada conserva as escovas livres de germes que causam gengivite e outros problemas bucais. 
-Desinfetar ambientes: um pouco de água oxigenada num pano desinfeta superfícies melhor do que qualquer outro produto. Excelente para usar em cozinhas e banheiros. 
-Desinfetar utensílios: tábuas de carne e outros utensílios são totalmente desinfetados após seu uso com um pouco de água oxigenada. O produto mata qualquer bactéria ou germe, inclusive salmonela. 
-Resfriados e sinusites: numa mistura meio-a-meio com água pura, pode ser pingada no nariz em resfriados e sinusites. Esperar alguns instantes e assoar o nariz. Isso mata germes e outros microorganismos nocivos.

19 março, 2010

Hoje é o dia!


Desde o comecinho da manhã estou recebendo carinhos e mensagens por mais um ano de vida. Como é bom ter amigos e pessoas que amamos! Mas uma em especial me chamou a atenção: verdadeiros conselhos pra vida inteira! 
Compartilho com todos os aniversariantes do ano!

"Hoje é um dia especial! Comece a sorrir mais cedo. Pense em coisas boas. Alimente seus sonhos. Escute uma música legal e dance, mesmo que sozinho. Valorize as pessoas próximas a você. Perca o controle. Grite. Espalhe alegria.  
Lembre-se que você é uma privilegiada. Nem todos têm as mesmas oportunidades. Agradeça. As coisas mais importantes são aquelas que você não pode ver.

Que tal começar hoje aquela mudança em sua vida que você vem adiando? Não espere para ser feliz. Não adianta tentar fugir de seus problemas. Ninguém consegue. Esqueça deles por um dia e que seja hoje!. Depois aprenda o que tiver que aprender e os enfrente. Não se deixe abater. Acredite. Tenha energia. O mundo começará a mudar quando você mudar. Viver vale a pena.   
Lá no fundo, desejamos a você mais um ano com muita saúde, paz e amor. Sinceros parabéns. Feliz aniversário!"

Meus agradecimentos e carinhoso abraço para todas as pessoas que fazem parte da minha história!

Mais um volta ao redor do Sol! 
Já sinto a força do renascimento. 
Coisas boas estão por vir.  
Este será um ano especial!!

17 março, 2010

Inferno Astral


Aperto no peito, melancolia, lágrimas, avaliação das escolhas feitas, exame do caminho percorrido até aqui, incômoda deprê... este sétimo período (o famoso inferno astral) está punk. Até os ossos!
Mas na verdade, o que é o inferno astral?
Segundo a astrologia, são os 30 dias que antecedem nosso aniversário. Um momento de finalização de um ciclo. E como todo fechamento de ciclo, um período marcado pela agitação, mudança, instabilidade e desordem, somadas à insegurança em relação ao futuro que está por vir.
Tenho um amigo que costuma dizer que é o período de inverno da pessoa - a estação do recolhimento- e estou fazendo um esforço pra ficar assim mesmo: quietinha.
Todo esse agito interno é uma preparação para o renascimento, pois na data de nosso aniversário, o Sol passa exatamente por onde ele estava no momento em que viemos ao mundo. Então, como Deus é Pai, sexta-feira chega a primavera. Que venham as flores e que o universo conspire coisas boas para o novo ciclo que vem aí!

Pesquisando a respeito desse assunto, encontrei no Blog Cris Wicca quais são as principais dificuldades de cada signo durante o inferno astral e qual a melhor maneira de superá-las.

Áries
Durante o inferno astral, você se mostra tímido e indeciso, e assume uma atitude hesitante que não condiz com sua verdadeira personalidade. Para transformar essa fase difícil numa atapa favorável ao seu desenvolvimento, o melhor será meditar muito e buscar no seu íntimo as respostas para todas as dúvidas e inquietações.

Touro
Calmo e paciente, você fica com a agressividade à flor da pele no seu inferno astral. E isso dificulta ainda mais a solução de seus problemas. Para superar a crise, procure praticar algum esporte que he permita extravasar seu lado mais agressivo. Isso o ajudará a relaxar e a manter a tranqüilidade e o bom humor.

Gêmeos
O apego excessivo às coisas materiais e uma profunda sensação de insegurança são os elementos que mais o atrapalham durante essa fase. Assim, se quiser evitar a sensação de que ficará sem dinheiro de uma hora para a outra, economize bastante antes que o inferno astral comece. E use essa base segura para alçar grandes vôos.

Câncer
A distração e o impulso de fazer mil coisas ao mesmo tempo podem gerar muita confusão na sua vida durante o inferno astral. Portanto, trate de conservar o bom senso e a calma. Não se sobrecarregue de tarefas e não assuma responsabilidades superiores às suas forças. Aproveite, também, para ler e estudar.

Leão
Você, que é sempre alegre e sociável, quando está no inferno astral tende ao isolamento. E mais: fica tão sensível às críticas que se magoa por qualquer comentário. Em vez de mergulhar na tristeza e na depressão, reaja e trate de não perder nenhuma chance de se divertir na companhia dos amigos.

Virgem
Sua vaidade e sua ambição ficam em alta durante o inferno astral, o que acaba por fazê-lo parecer antipático. Para atravessar essa fase positivamente, procure respeitar a opinião alheia. Dessa maneira, você conservará os amigos e não correrá o risco de construir uma imagem negativa.

Libra
Durante o inferno astral, você assume uma atitude tensa e preocupada e começa a exigir demais de si mesmo e dos outros. Relaxe! O excesso de preocupação só serve para prejudicar sua saúde e seus relacionamentos. Para manter o bom humor, cuide do seu visual. Comprar roupas novas ou mudar o corte de cabelo são ótimas opções.

Escorpião
Seu período de inferno astral é marcado por momentos de desequilíbrio emocional e pelo pessimismo. É aconselhável que, durante essa fase, você recorra ao auxílio de um terapeuta ou converse abertamente sobre seus problemas com os amigos mais íntimos. Assim você se sentirá tranqüilo para lidar com as crises.

Sagitário
Durante seu inferno astral, você tende a agir com impaciência e agressividade, e essa atitude provoca o afastamento dos amigos e da pessoa amada. Para evitar esses problemas, procure fazer as coisas de que gosta: viaje, freqüente cursos e vá a festas. Meditação e ioga também o ajudarão a se harmonizar.

Capricórnio
A dificuldade em tomar iniciativas e o desânimo são os principais problemas que você enfrenta durante o inferno astral. E essa falta de pique gera complicações em todos os setores da sua vida, principalmente na área profissional. Para amenizar as dificuldades, execute suas tarefas com o máximo de atenção e seja diplomático ao lidar com seus chefes. 

Aquário
Você se torna reservado e um tanto melancólico durante o inferno astral. Para combater essa tendência ao isolamento, nada melhor do que sair com os amigos e fazer viagens rápidas, de preferência para lugares tranqüilos e com muito verde, onde você possa descansar e meditar. Evite a companhia de pessoas muito materialistas.

Peixes
Seu comportamento recatado e compreensivo cede lugar à rebeldia durante o inferno astral, e os efeitos dessa mudança são brigas em família e dificuldades no trabalho. A única maneira de superar a crise é cuidar mais da vida emocional e procurar um passatempo agradável, de preferência alguma atividade ligada às artes.

Para saber mais:

O que é o inferno astral? – Porto do Céu


16 março, 2010

Aprendendo a Lidar com a Raiva


Este livro tem como tema a raiva, mostrando como esse sentimento é uma emoção extremamente destrutiva e muito presente na nossa civilização. O autor procura ensinar como libertar-se dela, praticando o que ele chama de exercício da 'Plena Consciência'. Thich Nhat Hanh fornece instruções concretas sobre como transformar o anseio, a raiva e a confusão que existem dentro de nós, para que se torne possível cuidar do sofrimento e alcançar a paz para podermos ajudar outras pessoas.
Não digo que é fácil, mas essencial querer trabalhar isso para podermos viver melhor e termos mais amor no coração.

´A condição básica para a felicidade é a liberdade. Não estamos nos referindo aqui à liberdade política, e sim à liberdade que conquistamos quando nos libertamos da raiva, do desespero, do ciúme e das ilusões. Buda os descreve como venenos. Enquanto eles estão no nosso coração, é impossível ser feliz. Neste livro vou lhes falar sobre a raiva, porque esta é uma emoção extremamente destrutiva e muito presente na nossa civilização. Vou procurar lhes ensinar a libertar-se dela, praticando o que chamo de exercício da Plena Consciência. Vou lhes dar instruções concretas sobre como transformar o anseio, a raiva e a confusão que existem dentro de nós. Se seguirmos estas instruções e aprendermos a cuidar do nosso sofrimento, alcançaremos a paz e poderemos ajudar outras pessoas a fazer a mesma coisa.´ Thich Nhat Hanh

Thich Nhat Hanh é autor de mais de cem livros de poesia, ficção e filosofia, fundou universidades e organizações de serviço social. Liderou a delegação budista vietnamita nas Conferências de Paz em Paris e foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz pelo Reverendo Martin Luther King Jr.

Vai lá:
Aprendendo a Lidar com a Raiva - Sabedoria para a Paz Interior
Thich Nhat Hanh
Ed. Sextante
160 páginas, R$ 19,90

15 março, 2010

Na Natureza Selvagem


O filme 'Na Natureza Selvagem' (Into the Wild) é baseado numa história real, narrada por Jon Krakauer no livro homônimo. O escritor refez a trajetória de Christipher McCandless pelos mais remotos pontos nos EUA em busca da verdadeira liberdade e o sentido da vida.
Após se formar na faculdade, Chris decide deixar para trás a hipocrisia de sua vida familiar e todas as regras da sociedade e iniciar uma viagem para o que ele chama de “profunda transformação espiritual” indo ao extremo da natureza selvagem, o Alaska.
Emocionante, sensível, transformador - um culto à natureza e aos relacionamentos humanos. Excelente roteiro e trilha sonora feita especialmente para o filme, conduzidas pela bela voz de Eddie Vedder (Pearl Jam).
 Informações Técnicas
Gênero:  Drama
Tempo de Duração: 148 minutos
Ano de Lançamento:  2007
Site Oficial:  http://www.intothewild.com
Direção:  Sean Penn

12 março, 2010

Curso de Escutatória


Depois de uma semana intensa, cheia de falas, nada melhor que as sábias palavras do nosso querido Rubem Alves enviadas pela minha amigona Gislene. Bom final de semana, com amor e comunhão!

Curso de Escutatória, por Rubem Alves.

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. 

Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma”. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas – coitadinhas delas – entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver e preciso que a cabeça esteja vazia.

Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos. (Contou-me uma amiga, nordestina, que o jogo que as mulheres do Nordeste gostam de fazer quando conversam umas com as outras é comparar sofrimentos. Quanto maior o sofrimento, mais bonitas são a mulher e a sua vida. Conversar é a arte de produzir-se literariamente como mulher de sofrimentos. Acho que foi lá que a ópera foi inventada. A alma é uma literatura. É nisso que se baseia a psicanálise…) Voltando ao ônibus. Falavam de sofrimentos. Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia – a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a sofredora ouviu foi o seguinte: “Mas isso não é nada…” A segunda iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.

Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.” Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg – citado por Murilo Mendes: “Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas.” Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos…

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não “evangélico”), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.” Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.” Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.” E assim vai a reunião.

Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em “U” definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete. Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: “Meus irmãos, vamos cantar o hino…” Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes. As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar. A música acontece no silêncio. É preciso que todos os ruídos cessem. No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós – como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar – quem faz mergulho sabe – a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa – quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

11 março, 2010

Alice no país das Águas


É assim que a fotográfa russa Elena Kalis conta uma nova versão de Alice no país das Maravilhas. O clássico infantil, que acaba de estrear nos cinemas sob a direção de Tim Burton (e chega em breve ao Brasil) recebeu um novo cenário: debaixo dágua.
 
Elena, que vive há dez anos numa ilha nas Bahamas, é especialista na técnica underwather (fotografia debaixo dágua), que traz a sensação de estar em outra dimensão. Tudo parece contribuir para uma atmosfera de leveza e feminilidade - principalmente o fato de as modelos serem garotinhas (em geral, suas filhas e as amigas delas).
 
Confira as fotos: Alice in Waterland 
 

The Cove - Oscar e Denúncia


O vencedor do Oscar de Melhor Documentário de Longa-Metragem The Cove, em português “A Enseada”, mostra a triste realidade da cidade litorânea de Taijin, Japão. Á primeira vista a cidade parece proteger os golfinhos com seu seus diversos monumentos, passeios turísticos e museus. Na verdade, escondem que é o lugar onde há a maior matança de golfinhos na atualidade.
Dirigido pelo americano Louie Psihoyos, fotógrafo da National Geographic e também cofundador da Oceanic Preservation Society, o vídeo aborda o sangrento massacre de golfinhos na cidade litorânea de 3,5 mil habitantes, onde os pescadores alegam que a caça desses mamíferos é uma tradição centenária.
Para os ecologistas o filme é uma vitória, pois, até hoje, ninguém tinha conseguido filmar nem fotografar nada. Além de ter uma posição geográfica que favorece a carnificina e dificulta que se façam imagens, a comunidade local barra todos aqueles que querem atrapalhar o trabalho deles.

A indústria do golfinho é uma das que mais cresceu nos últimos anos e a sua capital mundial é Taiji. Por ano, em todo o Japão, são mortos mais de 23 mil golfinhos. Outros tantos são mantidos vivos e vão parar em aquários de todo mundo, ao custo de 150 mil dólares cada. Quem alerta para esses absurdos é Richard O’Barry, que ficou conhecido nos anos 60 como o treinador do Flipper. Segundo Richard, quando a série estreou na TV americana, eram apenas três os aquários com golfinhos. Hoje, existe uma indústria bilionária.
Se os japoneses já enfrentavam críticas por causa da caça de baleias e da pesca de atum, que ameaçam algumas espécies de extinção, depois dessa terão que rever mesmo suas tradições e hábitos alimentares para a preservação do nosso meio ambiente.
Vai lá:
The Cove – A Enseada
Gênero: Drama, Documentário
Ano de Lançamento: 2009
Sem data de estreia no Brasil, mas já disponível para baixar na Internet.

10 março, 2010

Aquarela

Para meu irmão Fabrício, que completou mais uma volta ao redor do Sol. Feliz Aniversário!



Animação que ganhou os prêmios: 2º lugar Júri Popular - Melhor Animação Infantil no Anima Mundi 2003 e Liv Ullman Peace Prize no Chicago International Kids 2003.

Se não quiser adoecer

Após anos de experiência, tanto de vida quanto de profissão, Dr. Drauzio Varella escreve com propriedade sobre diversos temas relacionados à saúde. É mestre em explicar, numa linguagem simples e direta, tudo o que acontece com nosso corpo. No texto abaixo ele nos deixa preciosos conselhos para viver bem e com saúde - de dentro pra fora.

"Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos".
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão".
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções".
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências".
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se".
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie".
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste".
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia."

Visite o site oficial do Dr. Drauzio Varella - clique aqui.

09 março, 2010

Xô hérnia!


Lendo uma revista de saúde me surpreendi com uma pesquisa que diz que 5,4 milhões de brasileiros tem hérnia de disco! A dica dos fisioterapeutas é alongamento e controle de peso.

Zíper na boca e estica-e-puxa já!

Validade da vitamina C


Contato com o ar, com a luz e temperatura elevada são fatores que determinam a duração de vitamina C nos sucos de frutas. E quem achava que a vitamina C ia embora com rapidez errou. Na pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, nutricionistas descobriram que quanto mais ácido for o suco mais tempo dura a vitamina C.
Num copo de suco de laranja (100gr de amostra), por exemplo, após quatro horas de espremido ainda temos 76% de vitamina C.
E se estiver misturado com acerola, campeã em vitamina C, não perdemos nem 10% da concentração inicial de vitamina após as quatro horas.
Mas existem cuidados especiais e dicas para congelar poupas de frutas.
Veja a matéria completa no site do Jornal Bom Dia Brasil:

-Embrapa descobre em quanto tempo frutas perdem vitamina C
-Pesquisadora da Embrapa ensina a congelar polpa sem perder vitamina C

Benefícios da vitamina C:
  • Favorece a formação dos dentes e ossos; 
  • Ajuda a resistir às doenças;
  •  Previne gripes, fraqueza muscular e infecções.  
  • Ajuda o sistema imunológico e a respiração celular, estimula as glândulas supra-renais e protege os vasos sanguíneos. 
  • A vitamina C é importante para o funcionamento adequado das células brancas do sangue.É eficaz contra doenças infecciosas e um importante suplemento no caso de câncer.

08 março, 2010

A Mulher na Sociedade

Neste dia dedicado às mulheres, uma reflexão do desenvolvimento e crescimento da mulher do ponto de vista sociológico.
Entrevista com João Batanolli, concedida ao Jornal da Manhã, 08 de março, caderno especial sobre o dia da mulher.

"Que papel assume a mulher na sociedade atual?
Ainda há muito por se lutar. A violência doméstica é algo ainda avassalador no universo feminino. Mas devagarzinho ela está rompendo o véu do silêncio e do medo e está denunciando e possibilitando a punição desses companheiros violentos e covardes.
Agora... Do ponto de vista histórico recente, há coisa de aproximadamente um século, a mulher vem progressivamente ocupando o lugar que lhe é devido: ao lado do homem, demonstrando sua competência em praticamente todas as áreas de atividades, muitas delas até há pouco consideradas exclusivas do sexo masculino. Nesse sentido, não obstante ainda todos os indicadores de preconceito e discriminação -salários menores por exemplo, violência e submissão a que muitas continuam expostas, é inegável que podemos presenciar um progresso significativo. Se pensarmos que há cerca de 80 anos no Brasil as mulheres nem votavam e que hoje temos juízas, delegadas, deputadas, senadoras, promotoras, grandes escritoras, formadoras de opinião, craques de futebol, candidatas à presidência da república, é claro que muita coisa mudou e vai continuar mudando.
Agora... do ponto de vista de uma perspectiva histórica mais ampla, do próprio processo de construção desta sociedade desde suas origens, o que vemos são os sinais de decadência do patriarcado. Vemos os indicadores de fragmentação e diluição dos valores sociais provenientes das concepções machistas: vivemos uma sociedade bélica, racionalista, materialista, competitiva, exploradora, pragmática e insensível quanto à desigualdade social e à destruição da natureza. À medida que a mulher ocupa mais espaço e, sem perder seus próprios valores, puder impregnar a sociedade com sensibilidade social, cooperação, intuição, criatividade, vamos inverter essa lógica machista e progressivamente encontrar um equilíbrio entre esses dois pólos. Pois são opostos complementares e não antagônicos. A mulher por natureza acolhe e nutre, assim como a Natureza; mais do que nunca precisamos todos mais das duas.

Que conquistas podem ser comemoradas por elas atualmente?
Muita coisa, mas principalmente o reconhecimento dos homens. No sentido de que cada vez mais e mais indivíduos do sexo masculino reconhecem o valor e a importância da mulher e de todos os valores que ela representa. Parece que o homem intui ou pressente que esse modelo de sociedade baseada na força, na violência, na exploração e destruição, está com os dias contados. Há pesquisas que apontam um certo temor dos homens frente à progressiva emancipação feminina. Mas precisamos dar ouvidos a elas e também ao nosso lado mais sensível e sensato. Há cada vez mais homens auxiliando nas tarefas domésticas, participando da educação dos filhos. Isso está se dando pela maior inserção da mulher no mercado de trabalho e sua participação significativa no orçamento familiar e está possibilitando um diálogo mais sensível, mais horizontal entre os dois.

As mulheres estão perdendo seus valores ao se igualarem aos homens em alguns aspectos, tais como liberdade sexual e mercado de trabalho?
Há esse risco quando, para se sentirem aceitas no mundo masculino do trabalho e da competição, algumas mulheres se sujeitam aos valores próprios desse modelo psicológico. Mas a Natureza é mais forte e acaba falando mais alto. Pela própria necessidade da sociedade que precisa se transformar sob risco de entrar em colapso, o que acaba ocorrendo é a progressiva infiltração dos valores femininos na sociedade. Por outro lado, quanto à sexualidade, a liberdade é uma conquista e a mulher tem todo o direito de sair de sua antiga posição de passividade, inércia e expectativa e partir para o ataque.. Não há como negar: a força da mulher está na suavidade e no carinho. Não é próprio da mulher a força bruta. Mas tem coisas que é da Natureza e acabam prevalecendo.

Há ainda preconceito contra o "sexo frágil" ?
Não!... (risos). No atual contexto quem está ficando “sexo frágil” é o homem..., mas ele vai encontrar seu lugar nessa profunda mudança de paradigmas sociais e culturais que vivemos nessa grande transição. Ou mudamos ou a Natureza nos muda..."

João Batanolli, além de meu marido (rs!), é comunicador e  profº de Sociologia, Filosofia e Antropologia na Unesc - Universidade do Extremo Sul Catarinense.

Experiência de Vida

Recebi da minha amiga Márcia Costa e, nesta data especial, compartilho com vocês!

"Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo uma xícara de chá, dizer à minha neta:
- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar.
E assim, dizer apontando o indicador para o alto:
- O nome disso não é conselho, isso se chama corroboração!
Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 92 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte.
Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
É preciso coragem para ser feliz. Seja valente.
Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua casa, mas visite Fernando de Noronha, Barcelona e Austrália. Cuide bem dos seus dentes.
Experimente, mude, corte os cabelos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro.
Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..."
Tenha uma vida rica de vida!
Vai que o carteiro ganha na loteria - tudo é possível, e o futuro é imprevisível.
Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor.
E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque, sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários.
Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status.
A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco! Prefira a recomendação da natureza, que, com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação. Leia. Pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.
Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.
Cultive os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.
Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era só isso minha querida. Agora é a sua vez. 
Por favor, encha mais uma vez minha xícara e me conte: como vai você?"

(Autor Desconhecido)

04 março, 2010

Criar e relaxar

Com o objetivo de ocupar seu tempo livre e preencher a mente com coisas positivas, a professora aposentada, Gladis Maria Ramos Machado, 70 anos, descobriu no artesanato uma atividade prazerosa e relaxante. “Criar é um processo maravilhoso. Nem vejo o tempo passar, é uma terapia”, diz.
No início foram os chaveiros, algo apenas para presentear as amigas. Mas o objeto caiu no gosto das mulheres e logo começaram os pedidos de vendas. Com um pouco mais de criatividade e visando ampliar os negócios, Gladis acrescentou pulseiras.
Delicadas ou exuberantes, coloridas ou mais discretas elas estão fazendo o maior sucesso. “Fazer algo que gosto e ainda ter clientes... é mais do que eu esperava”, comemora Gladis.
E você, o que faz para trabalhar a criatividade e relaxar?



Vai lá:
Chaveiros: R$ 15,00 e R$ 18,00
Pulseiras: R$ 15,00, R$ 18,00 e R$ 20,00
Encomendas pelo e-mail gmrm@yahoo.com.br

03 março, 2010

Dança Cigana


Para celebrar o Dia Internacional da Mulher a Sálvia – Centro de Saúde Integral promove uma vivência aberta de Dança Cigana. Um encontro que certamente será marcado pela alegria e feminilidade regado com o delicioso chá cigano gelado.

A dança cigana, particularmente, além de extremamente sensual, está carregada de simbolismo. É incorporado o princípio do remelexo suave dos quadris, movimentos amplos dos braços e sensual das mãos. A liberdade concedida pela dança faz com que ela transmita uma energia incrível durante sua realização. Além de usar o seu próprio corpo para extravasar seus sentimentos, a dançarina recorre a objetos de forte simbolismo e com eles cria algumas danças muito marcantes.

Vai lá:


Celebração Dia Internacional da Mulher - entrada franca
Data: 08 de março de 2010
Horário: 20 horas
Local: Sálvia – Centro de Saúde Integral
Rua Antônio de Lucca, 453 - Bairro Pio Correa – Criciúma - Próximo Colégio Marista 

Aulas Permanentes
Dia: quinta-feira - início no dia 11 de março
Horário: 20h15
Profa: Mirian Rizatti

02 março, 2010

Eco-Ideia


Já pensou em trocar as roupas que já não lhe caem bem  ou das quais simplesmente enjoou por outras sem pagar nada por isso? As inglesas já fazem isso há um tempo. Primeiro faziam encontros em casa e renovavam o guarda-roupa sem gastar 1 cent por peça.
Agora o estilo troca-troca já virou negócio na Internet.
Dá uma espiada no site www.whatsmineisyours.com/ e confira.

Por aqui já soube de duas iniciativas semelhantes: Feira da Sucata da Unesc, Universidade de Criciúma, onde você podia levar de tudo para fazer as trocas e outra na Sálvia – Centro de Saúde Integral, onde abriram um espaço para mulheres realizarem troca-troca de roupas e outros artigos femininos.
E você, já pensou em fazer isso com suas amigas?

Abaixo o consumismo, viva a reciclagem!

01 março, 2010

O silêncio indígena


"Nós os Índios, não temos medo dele. Na verdade, para nós, ele é mais poderoso do que as palavras. Nossos ancestrais foram educados com o silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento:
“Observa, escuta e logo atua", diziam-nos. "Esta é a maneira correta de viver".
“Observa os animais para ver como cuidam dos seus filhos. Observa os anciões para ver como se comportam. Observa o homem branco para ver o que quer. Observa primeiro com o coração e a mente tranquilos e então aprenderás.
 Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário:
Vocês aprendem a falar.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em festas todos falam ao mesmo tempo, por vezes ninguém se entende.
No trabalho, estão sempre com reuniões, nas quais todos interrompem a todos, todos repetem a mesma coisa cinco, dez, cem vezes. E chamam a isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos. Precisam preencher o espaço com sons. Então falam compulsivamente mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir e nem sequer permitem que o outro termine uma frase. Interrompem-se constantemente.
Para nós, isso é muito desrespeitoso e muito estúpido. Se começas a falar, eu não vou interromper!
Talvez deixe de escutar, se não gostar do que estás a dizer. Mas não te vou interromper. Quando terminares, tomarei a minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
 Terás dito o que preciso saber. Não há mais nada a dizer.
 Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveriam pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las e permiti-las crescer em silêncio. Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre a falar, e que deveríamos ficar em silêncio para escutar.
Existem muitas vozes para além das nossas.
Muitas vozes. E só vamos conseguir escutá-las em silêncio.

"Neither Wolf or Dog"
On Forgotten Roads with an "Indian Elder" - Kent Nerburn
Kent é escritor americano de culturas indígenas, principalmente do povo Lakota.

Oração Lakota


Wakan Tanka, Grande Mistério,
ensina-me a confiar
em meu coração,
em minha mente,
em minha intuição,
na minha sabedoria interna,
nos sentidos do meu corpo,
nas benções de meu espírito.
Ensina-me a decifrar os meus sonhos,
e ver também, com o olho da alma,
Ensina-me a confiar nisso tudo,
para que eu possa entrar no meu Espaço Sagrado
e amar além de meu medo,
e, dessa forma, Caminhar em Equilíbrio
a cada passo do glorioso Avô Sol.